quinta-feira, 22 de setembro de 2011

17° dia - viagem Atacama - 21/09/2011 - Paso de los Libres/Uruguaiana

Saímos de Córdoba com destino a Paso de los Libres/Uruguaiana. Seria bem fácil, era só pegar a Ruta 19 e chegar em Santa Fé. Fácil que nada, esta ruta corta várias cidades com farois e lombadas. O trecho também é bem policiado e tem muitas obras. As vezes a pista é duplicada, as vezes de mão dupla, enfim, a parte da manhã não rendeu, chegamos em Santa Fé as 14:30 e ainda tinhamos uma boa pernada. Vimos uns dois radares móveis (a máxima é de 110) por sorte um motorista de caminhão me avisou com os faróis e eu diminui a tempo de não ser multado, gracias hermano. Paramos no posto YPF depois de San Francisco e para nossa surpresa, tudo estava limpo e arrumado, inclusive os baños, acho que foi o primeiro banheiro de estrada decente que encontramos em toda a viagem. Comemos um sanduba ali (não no banheiro) e seguimos. Em um local chamado La Curva, um pouco antes de Arroyito, a Polícia Caminera nos parou e já fui tirando os documentos, o guarda não queria ver os documentos mas sim fazer o teste de graduação alcoólica (será que temos cara de bebuns?). O policial me explicou que na Argentina todos que forem requisitados são obrigados a fazer o teste, caso haja recusa, assume-se que a pessoa está embriagada e sofre as penalidades. O policial disse-me também que para moto a graduação deve ser zero, ou seja, nenhuma gota de bebida antes de dirigir moto. Bem, passamos no teste, tanto eu como o Mauro, também, eram 10:30 da manhã. Ah, ele me disse também que a maioria dos caminhoneiros brasileiros dirige alcoolizada, hummm, ainda tive que ouvir isto. Mas, ao final, cruzando para o Brasil, constatamos que não tivemos nenhum “problema” com os policiais Argentinos ou Chilenos. Chegando à Santa Fé, que me pareceu ser uma bela cidade, esperava ver uma ponte majestosa para cruzar para Paraná, nada disso, é um tunel, fiquei esperando a ponte. Na saida de Paraná, no posto Petrobras, já para pegar a Ruta 12, dois rapazes argentinos em uma scooter vieram pedir meu capacete emprestado para poder abastecer, existe uma lei na Argentina que não permite que os postos abasteçam motos ou scooters se os condutores não estiverem com capacete, não adianta muito, quase ninguem usa capacete. Claro que não emprestei, disse-lhes que estaria ajudando-os a infringir uma lei e que poderia ser preso, ainda mais sendo estrangeiro, eles não gostaram muito e sairam resmungando (ou xingando baixinho), usa capacete seu p….. Passei um sufoco com a gasolina no trecho antes de San Jaime onde abasteci, couberam 16 litros, estava sem nadinha de gasolina, devia ter enchido antes, são longos trechos sem postos. Fizemos a imigração e aduana argentinas e a entrada no Brasil em Paso de los Libres, foi rápido, não havia muito movimento. A aduana e imigração ficam abertas 24 hs por dia. Desta vez o GPS funcionou, chegando ao Brasil, troquei de mapa e voilá, achamos o hotel Mainardi rapidinho. Jantamos lá mesmo e claro com uma cervejinha para comemorar a mais longa etapa da nossa viagem, 802 km. Dirigimos pouco mais de uma hora a noite, o que não era nosso costume mas tivemos que chegar à Aduana, não recomendo dirigir a noite por estas estradas.
Sem fotos hoje, nada de interessante para registrar, a paisagem ficou monótona, só campos de plantações e criações.


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