Os equipamentos e acessórios para a viagem ao Atacama

Ahhhh, ninguém me disse que ainda teria que colocar um monte de equipamentos e acessórios na moto e também de uso pessoal para uma viagem destas !!! E mais outros equipamentos ainda...
Achei que os equipamentos que eu já tinha e mais uma boa mochila nas costas já seriam suficientes. Tolinho !!! Iria parecer o Jaspion com um turbo foguete nas costas, já pensou fazer uma viagem longa assim? Na volta iriam ter que me colocar em um gabarito para ter que me endireitar todo.

Aqui já começa uma das dificuldades para quem não está acostumado com moto-aventuras. Quais equipamentos e onde comprar? Mais uma vez, informação é tudo, pesquisar na Internet, lojas online, lojas de acessórios, conversar com quem já equipou ou praticou o mesmo estilo fazem parte do rol de ações para tentar resolver sobre os equipamentos, o mesmo se aplica para os equipamentos de uso pessoal. Aqui vale o uso que se pretende fazer da moto, se for utilizada somente para estradas a lista de equipamentos é menor, se for para trilhas leves mais equipamentos, se for para enduro ou trilhas mais pesadas como rally, a lista aumenta significativamente. Não somente os equipamentos se agregam mas também mudam em função do uso. No meu caso, pretendo fazer uso em estradas e trilhas leves, no máximo um pouco de terra e lama, nada muito pesado.

Alem de ter vindo de outros estilos de pilotagem, comecei a notar nos relatos que as Big Trail ou motos de aventura requerem alguns equipamentos e cuidados diferentes de outros estilos. Tudo é pensado para garantir a segurança e a continuação da dirigibilidade em casos de acidentes ou contingências. Pense que você estará em lugares ermos ou distantes em que talvez não hajam oficinas ou peças de reposição. A Tecnologia também é um fator que proporciona mais segurança mas requer também equipamentos adicionais.

Dos equipamentos que tinha anteriormente, pouca coisa vou reutilizar, talvez algumas luvas e algum capacete. O macacão e botas Alpinestars vou guardar para quem sabe um dia usar novamente. A Internet tem tudo que é necessário, basta saber procurar e encontrar. Alguns sites utilizo com mais frequência para referências e mesmo para compras. O www.revzilla.com é ótimo para conhecer os equipamentos e para compras também, tem a Revzilla TV que mostra filmes detalhados de cada equipamento e comparativos também, é ótimo. Também já utilizei muito o www.ridersdiscount.com, tem boa variedade de equipamentos e preços bons, as vezes algumas boas ofertas. Sem contar os populares www.ebay.com e o www.mercadolivre.com.br. Outros importantes são www.motoatacama.com.br, www.motostore.com.br e www.provermotos.com.br. Outros que podem ajudar são  o www.extremesupply.com, www.twistedthrottle.com, www.rotopax.com, www.bikebandit.com e o www.acessoryinternational.com. Claro que sem esquecer do www.mercadopago.com.br e do www.paypal.com que facilitam suas compras. Procurem bastante pois a oferta de artigos e de preços é grande.

Equipamentos para a moto:

Protetor de motor: optei pelo protetor da SW-Motech que me pareceu ser robusto e proporcionar uma adequada proteção do motor e carenagens. Existem ainda outras boas marcas como Givi, Touratech, Motopoint e outras.

Protetor de cárter: mais uma vez optei pelo SW-Motech, o original é de plástico e oferece pouca proteção.
Cavalete central: optei mais uma vez pelo SW-Motech, apesar de caro, a qualidade é indiscutível. Resolvi instalar pensando na possibilidade da necessidade de alguma manutenção emergencial nas rodas, pneus e corrente e também na maior segurança nas paradas e pernoites ao deixar a moto estacionada.

Para-brisas e defletor: o original é baixo e não dá conforto ao piloto em velocidades mais altas, foi necessária a instalação de um para-brisas mais alto para desviar o vento do peito e do rosto. Optei pelo da Givi em função do custo-benefício, embora seja de acrílico e não de material mais resistente (polipropileno). Mesmo com o para-brisas mais alto, senti que seria necessário adicionar um defletor pois ainda sentia bastante vento na cabeça. Optei pelo defletor da Puig.

Cruise control: nunca gostei muito da ideia de prender o acelerador com o cruise control do tipo embreagem, que endurece o retorno do acelerador para minimizar o esforço da mão em longas viagens. Uma solução muito simples e muito mais barata foi o apoio de acelerador universal da BM-Tech que instalei em 10 segundos. Funciona muito bem.

Faróis: substitui as lâmpadas originais pelas Diamond Vision Philips H7 que proporcionam maior luminosidade. Quanto às grades de proteção dos faróis, acredito que tiram parte da luminosidade e eficiência dos faróis. Optei por uma película de 3 mm, com com tratamento óptico, que se adere às lentes dos faróis (Light Saver Headlight Guard).

Protetores de mão: necessários para proteger as mãos do frio e de choques de pedras ou outros objetos. Optei pelos da SW-Motech que trazem também a barra de alumínio para proteger também os manetes. Os da Touratech me pareceram também muito bons.

Bagageiros: talvez este tenha sido o item mais difícil de escolher. São muitos tipos e variações e a maioria requer também a instalação de racks a não ser que sejam para uso no assento do garupa. Após pesquisas e alguns relatos de cases que se desprenderam e quebraram e em função do preço elevado dos cases, acabei optando pelos soft cases. Um jogo completo de cases de qualidade com top case, side cases e racks custaria o equivalente a 20% do preço que paguei pela moto, achei que não valeria a pena. Mais uma vez a justificativa em função do uso, não pretendo fazer viagens longas com garupa, minha necessidade de bagagem diminui pela metade. Optei pelos soft bags  Cargobag e Tentbag da Bags-Connection.

Racks: para dar mais firmeza à instalação dos soft bags, resolvi instalar um tail rack em vez de instalá-los no assento do garupa. Para maior compatibilidade com os soft bags da Bags-Connection, optei pelo Alu-Rack Toprack com adaptador Soft-luggage-carrier da SW-Motech. Tanto o rack e adaptador como os bags funcionaram bem nas viagens-teste que fiz.

Tank bag - no caso da F800GS, o tank bag não pode ser magnético pois as carenagens não são metálicas e também não pode ser do tipo com encaixe no bocal do tanque pois o tanque fica em baixo do banco. Optei pelo  strap-on Enduro Tank Bag da Bags-Connection.

Tanque de combustível adicional: existem opções até para trocar o tanque da F800 GS por um maior mas achei que não justificaria o preço e o esfôrço. Tenho obtido uma média de consumo de 20 km/l e apesar do tanque menor, acredito que tenha uma autonomia razoável para percursos de até 320 km. Não me agrada carregar combustível em galões ou ainda em outros utensílios que não sejam apropriados. Encontrei reservatórios de combustível extra da Rotopax que são especializados para motos e quadriciclos e tem boa vedação e soluções de acoplamento, comprei um de 1 galão para uma autonomia adicional de 80 km. Informações que obtive indicam que não há necessidade de tanque extra em função da disponibilidade de postos de gasolina no percurso. O que pode acontecer, segundo outros relatos de viagem, é que, apesar de existirem postos, as vezes não há combustível e nestas situações um tanque extra pode ajudar. Talvez acabe levando o tanque extra na viagem, por precaução.
Storage pack: mais uma solução da Rotopax que combina resistência e praticidade para carregar itens como ferramentas, latas de óleo de corrente, câmaras de ar e outros itens que não devam ser misturados à bagagem normal. Os produtos da Rotopax podem ser acoplados uns aos outros facilitando a sua acomodação e economizando espaço.
Extensão da base do descanso: aumenta a base do pé de descanso da moto para evitar o seu atolamento em terrenos arenosos ou macios, prevenindo o tombamento da moto. Optei pelo modelo da Wunderlich que não tem os parafusos de fixação muito expostos.
Pneus: os pneus Pirelli Scorpion que vieram com a moto estavam com 5.000 km. Resolvi trocá-los para sair com pneus zerados e evitar problemas de desgaste e furos. Optei pelos pneus Metzeler Tourance normais que são para uso misto 50/50 e não pelos Tourance EXP que tem um composto mais macio e mais indicado para asfalto. Como as estradas que vamos transitar tem o piso bastante abrasivo, é melhor ter pneus com composto mais resistente.

Resolvi não instalar alguns outros acessórios em função da necessidade e uso: protetor de radiador de óleo e de filtro de óleo, protetores de reservatórios de óleo de freio, protetor de radiador, faróis auxiliares, extensores de espelho e raiser da barra.

Reconheço que ao comprar a moto, não tinha a ideia completa do que seria necessário para equipá-la para jornadas de aventura. São muitos detalhes e muitos equipamentos necessários para proporcionar mais segurança. Acredito que uma moto com a proposta de uso para longas jornadas e jornadas de aventura, como é a F800GS, deveria vir pelo menos com alguns equipamentos básicos como protetor de cárter resistente e de qualidade e cavalete central.

Fica aqui um alerta para quem vai se enveredar pelo caminho da moto-aventura, prepare o bolso, os acessórios e equipamentos, principalmente os importados, são caros.

Lembro ainda que os acessórios e equipamentos, com algumas poucas exceções, devem ser compatíveis com a marca e modelo da moto, F800GS no meu caso (caramba, se trocar de moto terei que comprar muita coisa de novo !!!).

Equipamentos de uso pessoal:

No quesito de proteção pessoal, sempre tive a ideia que que se deva comprar o melhor equipamento que se possa, dentro da possibilidade de cada um. Acredito que alguns itens devam ser de primeira qualidade em termos de proteção: capacete, botas, roupa, protetor de coluna, luvas também. A proteção do garupa também é importante, comprei quase tudo igual para o meu filho, espero estar dando a ele a melhor proteção possivel.

Capacete: optei pelo Arai XD3 Contrast que é desenhado para a modalidade dual sport (touring/adventure). Quanto à proteção, indiscutível, é um dos mais utilizados nas provas de motociclismo. Quanto à funcionalidade, tem boa ventilação com vários sistemas anti-embaçamento e refrigeração. Quanto à visibilidade, achei boa embora tenha que acostumar com a pala superior que serve para aparar a luz do sol. Quanto à usabilidade, achei um pouco apertado, embora seja do tamanho certo para mim o formato é um pouco mais afilado que os outros modelos Arai, espero que folgue um pouco com o uso, como aconteceu com outros capacetes. Sendo um modelo full face achei o nível de ruído aceitável, bem menos do que os articulados que usava anteriormente. Os articulados tem suas vantagens mas como pretendo passar mais tempo na estrada do que conversando, ainda prefiro o full face. Existem também outros modelos da Shoei semelhantes em funcionalidade e preço.

Botas: procurei um modelo para dual sport, com bom nível de proteção e preço acessível. Encontrei a Sidi Adventure Rain que me pareceu atender estes requisitos. Os sistemas de proteção são completos, tornozelo, calcanhar e canela. É também impermeável (Gore-Tex), ajustável e de fácil calçamento. As laterais internas são térmicas para evitar o aquecimento das partes quentes da moto. O design e o acabamento italianos dispensam comentários. Na primeira utilização, ainda em viagem curta, a bota mostrou-se firme e confortável, embora precise lacear um pouco. Existem vários outros modelos também que se adequam, gosto também dos modelos da Alpinestars. Para qualquer modelo que se compre, se não for possível experimentar, deve-se consultar as tabelas de tamanhos de revendedores e fabricantes antes de encomendar. Os vídeos do Revzilla ajudam muito na hora de decidir sobre modelos e preços, vale a pena dar uma olhadinha antes, principalmente nos videos comparativos de produtos.

Roupa: existem vários níveis de funcionalidade, proteção e preço. Quanto mais funcionalidades e mais proteção, maior o preço. Existem também algumas questões de design e cores que podem parecer supérfluas mas podem ser importantes para outros. Considero que uma roupa mais clara pode ser menos quente mas vai parecer mais suja em viagens longas em ambientes com insetos, poeira e lama. A visibilidade da roupa clara também é maior a noite. Existem roupas que são categorizadas como Hi-Viz que tem cor amarela/verde bem viva e podem ser notadas tanto de dia como de noite, podem ser encontradas em capacetes, roupas, coletes e até camel backs. Fiquei impressionado com a tecnologia das roupas ao inspecionar mais a fundo a funcionalidade. Mais uma vez, cada equipamento para seu uso. Não cabe usar uma roupa de competição em pista para uma modalidade adventure, seria desconfortável e sem as proteções adequadas, ou mesmo o inverso, não seria apropriado. Depois de olhar muitos modelos, optei pelo modelo REV'IT Sand Jacket Safari-Black, com a calça do mesmo conjunto, em preto. As funcionalidades são muitas, sistemas de refrigeração, ajustes, sistemas moleculares de absorção e dispersão de choques, camadas internas e destacáveis de proteção contra água e contra frio. Alguns modelos não vem com a proteção contra frio, são modelos de verão. Existem outros modelos também da própria REV'IT, BMW e Alpinestars, somente citando alguns, com funcionalidades semelhantes e preços na mesma faixa ou mais caros. Não tenho qualquer participação ou comissão mas realmente os videos da Revzilla me ajudaram muito na escolha, recomendo a todos que queiram se aprofundar e conhecer os produtos que vão usar. Na primeira utilização, com dia frio, mesmo sem as camadas internas de água e aquecimento, não senti frio algum e quando o dia esquentou, não senti calor. Em quase 6 horas de pilotagem, não senti desconforto.

Protetor de coluna: juntamente com a roupa, aproveitei e selecionei o Knox TP2 CE Back Protector em substituição à de espuma original que vem inserida na jaqueta. Embora incomode um pouco mais no inicio, o nível de proteção é muito superior. No entanto, ao usar este protetor mais grosso dentro da jaqueta, achei bastante incômodo, creio que vou acabar usando o meu Dainese Wave 12 com titânio que vai embaixo da jaqueta, colado à coluna, a proteção é superior, incomparável, protege praticamente toda a coluna, incômodo por incômodo, vou preferir o Dainese.

Luvas: para os dias mais  quentes e sem chuva, vou usar a GP-Tech da Alpinestars que já tinha. Este modelo me é um pouco desconfortável para vestir e retirar mas tem um alto nível de proteção com partes de Kevlar para amortecimento de abrasão e choques. Para os dias mais frios ou com chuva, vou usar a Alpinestars 365 Gore-Tex, também com bom nível de proteção e a prova de água (espero). Tenho também uma luva segunda pele Solo X-Thermo para reforçar caso o frio seja muito intenso. Vou levar também uma luva cirúrgica de látex (barata e não ocupa muito espaço), pode quebrar um galho caso nada mais funcione contra a umidade.

Segunda pele: adquiri o conjunto completo de camisa, calça e balaclava da Solo X-Thermo para as condições de tempo mais frias. São feitas em tecido com tratamento térmico e que não perdem as propriedades após o uso constante e após várias lavagens.

Viseira: costumo usar uma viseira por dentro do capacete com lentes cromáticas para escurecimento. Uso para proteger os olhos do sol e de objetos quando utilizo a viseira do capacete aberta para ventilar. Uso uma de hastes flexíveis da Global Vision, com espuma interna de vedação. Não recomendo as viseiras de hastes rígidas, apesar do cuidado, já quebrei 3 hastes ao colocar por dentro do capacete. Não gosto de usar óculos escuros por dentro do capacete, são incômodos e podem machucar em caso de acidentes.
Mochila de hidratação térmica: Unbottle 1,5 L da Camelbak, não vou usar nas costas mas acoplar na bagagem.
Almofada para o assento: (ou seria para o traseiro?): depois de relutar um pouco, acabei me convencendo por relatos e por aconselhamento de quem já viajou bastante e comprei uma almofada Airhawk tamanho médio, para o banco da F800GS. A tecnologia destas almofadas foi desenvolvida para uso em almofadas para os aviões de caça dos USA, devem servir para algo. Pelas viagens que já fiz, percebi que a parte do meu corpo que mais sente o cansaço é justamente o meu traseiro. Já testei em trajetos curtos e a almofada parece funcionar, parece que o seu traseiro fica flutuando. Acho que a almofada vai ajudar a aliviar o cansaço, o traseiro agradece, tudo que eu não quero é que o traseiro prejudique ou comprometa a viagem. Já pensaram em ter que explicar que tive que desistir e retornar da viagem por causa do meu traseiro? Never, ever!!!

Acessórios:

Alguns novos adquiri e outros já possuía, como o próprio nome designa, são acessórios e podem ser dispensados mas no entanto, alguns deles são de boa valia para viagens longas.

GPS: é de muita utilidade para as viagens longas, representa um diferencial interessante para planejar e executar os roteiros. A disponibilidade de modelos para uso em motos é limitada, com destaque para a linha Zumo da Garmin que tem proteção contra chuva e raios solares e também funciona com luva. Pode ser também utilizado na modalidade automóvel, aonde algumas funções são reconfiguradas automaticamente como os ícones e teclado virtual. Talvez pela pouca variedade de oferta de modelos e pelas características outdoor, o custo é bem maior do que os modelos convencionais para automóveis. Uma constatação importante, que notei ao fazer o planejamento, foi a disponibilidade de mapas para o GPS. Normalmente os equipamentos vem com o mapa global básico que não tem muitos detalhes e com algum outro regional como USA ou Europa. Fiz o registro do produto no site da Garmin e comprei os mapas do Brasil e da América do Sul que para minha surpresa não trazem os detalhes completos da Argentina. Recorri então a outros relatos e blogs e acabei encontrando o Proyecto Mapear (www.mapear.com.br) que me disponibilizou GRATUITAMENTE os mapas detalhados da Argentina, Chile e Uruguai sem qualquer exigência, belo trabalho destes hermanos. A resposta do suporte da Garmin foi bem lacônica, resumindo-se a mencionar que a área de cobertura encontrava-se nas especificações do produto. Bem feito pra mim, quem mandou não olhar direito na hora de comprar mas também quem poderia imaginar que os mapas da América do Sul não contemplassem os detalhes completos da Argentina! Atenção viajantes a estes detalhes. Outro detalhe que descobri, foi que o Mapsource, programa que é usado para definir rotas e transferir e receber informações do GPS, só é obtido juntamente com um produto de mapa em CD, mapas de download não permitem instalar o Mapsource que também não lê os arquivos de mapas do GPS que não tenham sido instalados por CDs. Não conseguia ver então no Mapsource os mapas que havia comprado por download no site da Garmin. Desta vez o suporte Garmin ajudou, aconselharam-me a usar outro programa, o BaseCamp, que "baixei" do site da Garmin sem dificuldade. Resolvido o problema, comecei a ver todos os mapas adquiridos e mais o do Proyecto Mapear. Pude então fazer minha rota completa, excelente ferramenta. Já utilizei rotas prontas e importadas para o GPS e funcionaram bem.
Intercomunicador: vou usar o Cardo Scala Rider Q2 Multiset. Vem com 2 intercomunicadores e possibilita ouvir instruções do GPS, usar o celular, ouvir MP3 e também o FM integrado, ambos com som stereo. É também full duplex o que possibilita falar e ouvir ao mesmo tempo sem o efeito do PTT ou a comunicação simples como um rádio. Como vem com 2 conjuntos de fones e microfone, pode ser usado também para comunicação do piloto com o garupa ou do piloto com outro piloto em outra moto.

SPOT: equipamento muito interessante, de alta tecnologia que combina utilização da rede de satélites de GPS com a rede de telefonia global da Globalstar. Com ele pode-se fazer o rastreamento de sua rota e a consulta no site www.findmespot.com do seu roteiro. Ao ligar o roteamento, o aparelho manda suas coordenadas, a cada 10 minutos, para o site que o usuário configura e disponibiliza para acesso público ou privativo. As pessoas podem entrar e ver sua rota. Existem mais dois botões que podem comandar o envio de uma mensagem pré-configurada de OK e um outro para envio de uma mensagem configurável. Tanto uma como outra mensagem tem configurações que permitem estabelecer os destinatários que vão recebê-las tanto por email como por SMS (mensagem de texto no celular) ou ambas. O envio do tracking e das mensagens funciona mesmo, podem verificar o relato de viagem do Fábio Colaferro, no portal http://www.portalmotoatacama.com.br/exped.asp?codigo=67, que recuperou o seu tank bag caído na estrada e que por sorte tinha o SPOT ligado dentro, só isto já pagou o investimento no equipamento pois ele tinha todos os documentos pessoais e da moto além do dinheiro e cartões, dentro do Tank Bag. Mas o que considero a verdadeira utilidade do SPOT são os outros dois botões adicionais e que ficam protegidos por uma capa de trava e que servem um (botão) para mandar uma mensagem configurável de pedido de ajuda para uma lista de recipientes ou destinatários e outro (botão) de SOS que aciona uma central de resgate internacional (www.geosalliance.com) que vai acionar um resgate em qualquer lugar aonde você se encontre. Para ativar o SPOT é necessário ter uma assinatura anual que custa R$ 412,00 por ano e dá direito aos serviços e cobertura de despesas de resgate de até US$ 100,000 (pode-se aumentar este limite).

Tudo muito bom para poder ajudar a convencer esposa e filhos da segurança da viagem !!!
Mapas: do Brasil, Argentina e Chile, em papel.

Adaptador para cigarreira/tomada de força: a F800GS vem com uma tomada de força no padrão europeu que não permite a utilização dos nossos equipamentos e carregadores de celular e outros que utilizem o padrão americano. Comprei o adaptador com fio, da SW-Motech. Acho que o produto ofertado no Brasil, no caso a moto, já deveria vir adequado ao nosso mercado. Falha do fabricante ou de quem homologou o produto? Será que a versão montada no Brasil já virá com esta alteração?  É esperar pra ver...
Trava-alarme: para um pouco mais de segurança ao estacionar a moto nas estadias, usarei uma trava de disco de freio Xena XR1 amarela e um cabo alerta da Oxford para lembrar de retirar a trava antes de sair com a moto.
Lanterna: Discover Dual Mor - recarregável na tomada e em 12V, barata, pequena, leve, com leds, tem sinalizador e tem duas formas de uso, para ambiente e com foco.
Compressor de ar: compressor portátil Slime Power Sport, compacto, acoplado no acendedor 12V da moto, vem completo com case (maleta) e vários cabos para conexão. Com este acessório elimina-se a necessidade de levar bomba de ar manual e os cilindros de CO2.

Tanque de combustível Rotopax, SPOT, GPS Zumo 660, trava Xena, compressor Slime e Camelbak

(BIC para dimensionar tamanho dos equipamentos)

Outros acessórios:

Ainda outros acessórios são de importância para a segurança e para documentar, recordar e usufruir da sua viagem. São eles:
Capa de chuva: Coglans Emergency Poncho, just in case.
Cobertor de emergência: Aztec Vernon, daqueles usados pelas equipes de resgate para evitar hipotermia.
Saco estanque: Dry Sac da Sea to Summit, de 2L, para proteger documentos da umidade.
Corda: de Nylon, 6 mm, 10m, para reboque e outras emergências.
Mosquetões: 2 Alpen Pass grandes para reboque e outras emergências.

Máquinas fotográficas: GE X5 com zoom óptico de 15x wide e resolução de 14.1 mp, para fotos de paisagens e outra Samsung ES28 com zoom óptico de 5x e resolução de 12.2 mp, mais fácil e rápida para manejar, para as fotos mais apressadas.
Tripé: para que eu possa aparecer nas fotos, Ecotrends 5SE com extensão de até 104 cm. Escolhi um que seja pequeno e leve para que seja facilmente acomodado na bagagem.

Filmadoras para cenas de aventura: Gopro Hero com cartão de SD de 16Gb. Fixada na carenagem da moto; ATC9K da Oregon Scientific, achei esta mais fácil de acomodar e de operar, já vem com display, laser, botões maiores, controle remoto e não precisa caixa estanque para água. Vou levar as duas.

Celular: iphone com serviço da Vivo (www.vivo.com.br) para voz e dados.

Computador: Samsung Galaxy Tab para acesso à Internet, bancos, publicação do Blog, navegadores, previsão do tempo, Skype, Messenger, Facebook, Linkedin, etc (será que vou usar tudo isto?). O Galaxy Tab pode também ser usado como telefone celular, estou levando com chip da Claro (www.claro.com.br) ativado com serviços de voz e dados.

Não esquecer de levar os cabos, carregadores e pilhas/baterias para cada equipamento.

Ferramentas e outras utilidades:

• Chave combinada 17 para roda dianteira;
• Chave combinada 24 para roda traseira;
• Chave Inglêsa 6";
• Chaves de fenda;
• Chaves Philips;
• Jogo de chaves Alen;
• Jogo de chaves Torx;
• Alicate médio;
• Jogo de chaves estrela;
• Chave estrela 13 extra;
• Cabo para chupeta de bateria;
• rolo pequeno de arame;
• Silver Tape;
• Fita isolante;
• Fita  veda rosca;
• Estilete de corte;
• Cola Araldite;
• Tyre repair Motul;
• Chain Lube off road Motul;
• Cilindros de Co2 - 3 de 40 g da Genuine Innovations;
• Valvula Sram com trava - para acoplar os cilindros de Co2 ao bico do pneu;
• Câmaras reserva - Pirelli MD17 para pneu dianteiro e MM21 para o traseiro;
• Kit de reparo Top Rubber para pneus de moto sem câmara;
• 2 espátulas pequenas Gedore 38-8 para sacar pneus das rodas;
• Calibrador de pneus tipo manômetro;
• 3 bicos reserva para pneus sem câmara.

Estôjo de remédios da Curtlo com:

• 2 pacotes de gaze esterilizada;
• rôlo de esparadrapo Micropore 3M;
• rôlo de atadura de crepom;
• Algodão;
• Hipoglós;
• pacote de emplastro Salompas;
• tubo de Air Salompas;
• 1 par de luvas cigúrgicas (pode servir para pilotar se as luvas estiverem muito úmidas);
• 1 tubo de Andolba (tem anestésico e é ótimo para cicratizações);
• Novalgina gotas;
• Timeolate (antiséptico);
• Ceralip (para proteção e cicatrização dos lábios);
• Frasco de solução fisiológica;
• Coristina D;
• Cataflan comprimidos;
• Tandrilax (relaxante muscular forte, para dores mais agudas);
• Dorflex;
• Caixa de band-aids;
• tesoura pequena;
• Estomazil (anti-ácido para quando o bife de Chorizo não cair bem);
• Colírio Lerin.

ATENÇÃO - estes remédios são os que estou acostumado a usar sem contra-indicações para meu uso. Para outras pessoas podem não ser indicados. Em caso de dúvida consulte sempre seu médico e leia a bula.

Seguros:

Seguro Carta Verde: obrigatório para trafegar com veículos nos países do Mercosul. Cobre danos materiais e pessoais de terceiros.
Seguro de assistência em viagem: fiz um seguro Multitrip 30 da Assist Card para coberturas de acidentes e doenças e seguro de vida. Tem também assistência para extravio de malas, remoção, translado, etc.

Para-brisa Givi e difusor Puig

Alu Rack, parece robusto

Hand guard, ajudou bastante a aliviar o frio nas mãos

Tank Bag acoplado, cabe bastante coisa

Base para o Tank Bag

Filmadoras ATC9K e Gopro no Crash Bar, 
melhor não tombar...

GPS Zumo 660 com a base original, acoplado à bateria

Galão Rotopax sobre o Rack, vai vazio, 
só usarei se necessário

Vista traseira do galão

Soft Bag e Tent Bag acoplados acima do galão

Detalhe do Tank Bag, não atrapalhou a visibilidade

Soft Bag e Tent Bag, ficaram firmes

Detalhe do galão abaixo do Soft Bag

Soft Bag e Tent Bag, atrapalham um pouco a visibilidade traseira

Detalhe do difusor Puig, diminuiu o vento no rosto

Manopla de aceleração, alivia o esfôrço da mão e punho

Cavalete central, muito fácil de manejar (ou seria pezejar?)

Protetor de motor

Adaptador para Soft Bag sobre o rack

Película protetora sobre as lentes

Película para proteger a pintura (frescura ou necessidade?)

Crash bar, parece forte mas melhor não precisar usar

Nota:

Gostaria de mencionar ainda, em consideração aos fabricantes, revendedores e consumidores, que as e marcas e modelos aqui citados refletem uma preferência pessoal em função do meu uso exclusivo, minha disponibilidade financeira e de pesquisas próprias sem qualquer avaliação técnica mais profunda e sem qualquer preferência ou pré-disposição a qualquer marca ou fabricante. A opção de outras pessoas é livre e sem qualquer responsabilidade ou compromisso com o conteúdo aqui publicado. As questões relativas às funcionalidades, formas de utilização, segurança ou garantias não são de responsabilidade deste autor, consulte o manual e as especificações de cada produto fornecidas pelos fabricantes.