Deserto do Atacama de moto: 8° dia - viagem Atacama - 12/09/2011

Logo de manhã fomos dar uma volta pela vila para conhecer o centro. Muito movimento, muitos turistas, vendedores de excursões, artesanato, enfim, o de sempre em lugares turísticos. A cidade é pequena e tem muitos recantos, bares, restaurantes, cafés, mercadinhos e lojas. A rua principal é a Calle Caracoles. Aceitam-se cartões de crédito em todos os lugares e o “cajero” funcionou e conseguimos sacar dinheiro afinal. A estrutura funciona bem. Existem várias operadoras de turismo, bicicletas para alugar, carros para excursões e taxis. Tem também uma feirinha permanente de artesanato no centro da cidade, saindo quase de frente à igreja. Depois do passeio na vila, fomos até um sítio arqueológico, da Civilização Atacamenha perto da vila, o Pukará de Quitor, de onde pudemos divisar a cordilheira com seus picos elevados, o Licancabur, com sua forma triangular perfeita e sua altura, domina a paisagem em qualquer lugar que se vá. Era a montanha sagrada para os Incas. Voltando para a vila fomos almoçar algo típico no restaurante Ckunna, comemos um risoto de Quínoa com cogumelos, estava bom, com um gosto muito característico. A tarde foi bem agitada, começamos a excursão pelo Vale de la Muerte que tem este nome por ter sido uma estrada de mineiros aonde havia muitos acidentes e de acordo com o costume local, coloca-se uma cruz aonde alguém morreu na estrada. Olhando-se para a estrada, viam-se muitas cruzes e dai o nome. No inicio passa-se por um caminho com encostas altas aonde se pode ver as diferentes camadas geológicas que foram depositadas ao longo de milhões de anos, a visibilidade do vale é pequena neste ponto. De repente, depara-se com um vale imenso, tudo aqui tem dimensões gigantescas. É inesperado e surpreendente, leva-se alguns segundos até se dar conta do que se está vendo. Passamos pela Cordillera de la Sal, que é uma imensa e extensa formação de arenito e chegamos a Las Cuevas de Sal que são cavernas que foram erodidas nas rochas por antigos rios que não existem mais. No caminho, em uma curva deste rio, pudemos “ouvir” as rochas. Ao final da tarde, com a queda de temperatura, os cristais de rocha se contraem e “estalam”, é muito curioso. Passamos pelas estreitas cuevas e saímos acima das rochas. Fomos então para as três Marias, que são formações rochosas que parecem três Virgens Marias orando, tem que ter muita imaginação para identificá-las. O último ponto da excursão foi ver o por do sol no Vale de la Luna, um imenso vale na mesma região onde pudemos tirar várias fotos e esperar o sol se por. Neste momento, a cordilheira, do lado oposto ao por do sol, muda de cor e começa a ficar rosada. Esperamos um pouco também pelo aparecimento da lua, que estava cheia, mas havia muita nebulosidade ao fundo da Cordilheira e a lua ia demorar, tivemos que ir embora. Fomos todos da excursão tomar chopp e celebrar o nosso passeio e depois fomos a uma Parillada no restaurante Casona com nossos amigos catarinenses Sérgio e Jackson que também estavam na excursão, foi bem divertido.