quinta-feira, 8 de setembro de 2011

3° dia - viagem Atacama - 07/09/2011 - Corrientes

Terceiro dia de viagem, feriado no Brasil e nós aqui trabalhando, sim trabalhando pois viajar assim é como um dia de trabalho, acordar cedo, horário corrido, tarefas para realizar, metas para cumprir, ufa !!! Ainda bem que é tudo diferente de um escritório. Saimos de Foz e parecia que não ia chover. No dia anterior, já perguntei ao motorista de taxi que nos levou às Cataratas aonde era o caminho para a ponte e a saida do Brasil para a Argentina e fomos então direto. Fizemos a saida do Brasil rapidamente e sem problemas, até bem organizada, com boxes de atendimento para cada veículo, apesar de o movimento estar começando a se intensificar por causa do feriado, tudo foi rápido. Do lado Argentino, para fazer a aduana demorou um pouco mais mas não tanto. O demorado foi fazer o câmbio de dólares para pesos, muita gente e fila, acho que também por causa do feriado. Depois de tudo, só conseguimos pegar a estrada para Posadas lá pelas 9:40 hs, já tarde para quem ainda tinha que andar quase 600 km. Deixamos para abastecer as motos do lado Argentino, com gasolina melhor e mais barata, só que tinha fila para abastecer, paciência, melhor do que pagar mais caro. Notei que em todas as outras paradas de abastecimento sempre haviam filas, acho que tem poucos postos para tantos carros (e motos).  A Ruta 12 é boa, de pista simples mas com bom asfalto e a paisagem no inicio é bonita e arborizada. Pegamos um pouco de movimento e uns 15 minutos de chuva até chegar em Posadas, as vezes atrapalhava um pouco para ter que ultrapassar os caminhões. Neste trecho, a viagem não rendeu muito. Passar por Posadas então nem se fale. Nunca vi tanto farol em uma cidade como em Posadas, a ainda por cima demorados, deu raiva de parar em cada um deles, acho que é a única coisa que vou lembrar da cidade, de resto não vi nada mais, os Posadenses que me perdoem mas a impressão que tive foi ruim, parece que colocaram tantos faróis para que ficassemos mais tempo na cidade, não adiantou muito, quis sair o mais rápido possivel. Bem, passando de Posadas a estrada mudou, pista mais livre, ampla visibilidade, asfalto bom, motos com gasolina boa (e barata), ambiente ideal para dar uma forçadinha, afinal, faltavam ainda uns 300 km para o fim da jornada do dia. Puxamos um pouco mais na velocidade para compensar o atraso da manhã e valeu a pena, chegamos em Corrientes as 17:30 hs. Deu quase pra relembrar os tempos de Speed, foi ótimo curtimos bastante, fiz o Mauro me acompanhar “na marra”, senão ele ficava lá para trás. Neste trecho há que se tomar cuidado com os animais na estrada, quase peguei um pássaro que parecia um “frangão”, ia fazer um estrago danado. Tem de tudo mais, carneiros, cachorros, quatís, galinhas e pássaros variados, MUITA ATENÇÃO com os animais e atenção também com o abastecimento, tem longos trechos sem postos, melhor abastecer em Posadas e rodar uns 200 km até um posto YPF, que parecem ser os melhores. Senti diferença no rendimento da moto, a resposta melhorou sensivelmente, acho que se a bichinha acostumar com gasolina boa, não vai mais querer a do Brasil, que ainda por cima é mais cara. Parece que somos todos ricos no Brasil para pagar os preços que pagamos por tudo, absurdo !!! Mais uma vez as reservas de hotéis funcionaram e ficamos na La Rozada Suites, parece um antigo casarão de zona portuária mas bem montado, com estilo, e muito funcional e limpo, tomei uma ducha ótima. A paisagem então é linda, fica bem de frente para o Rio Paraná, posso vê-lo imponente aqui da minha varanda. A restrição ficou por conta do restaurante que não tinha os pratos de peixe pois estavam em falta, comemos então o primeiro bife de chorizo e detonamos uma garrafa de Terrazas Malbec, foi bom, quero ver agora pra dormir… Ah, só para não perder o costume, a Gendarmeria Nacional nos parou logo depois de Posadas, nem pediram os documentos, queriam saber se estavamos bem e se precisavamos de algo ou de alguma informação, acho mesmo que eles estavam querendo ver as motos de perto. Um pouco antes de Corrientes, a Policia local nos parou novamente e pediram os documentos da moto, a carta verde e a habilitação, tudo em ordem. Em ambas as vezes foram sempre gentis e educados. Chegando em Corrientes, perguntamos o local do hotel a policiais que estavam em veículo de patrulha, nos atenderam de pronto, pararam o veículo, vieram conversar conosco e nos orientaram, a cidade é grande e não consegui encontrar a rua pelo GPS, Garmin mais uma vez decepcionando. Ah, aquela voz do GPS, parece sintetizada e ainda em Português não do Brasil, é de matar, não conseguia mais ouvir, tive que desligar o intercomunicador. Quando vão aprender a traduzir os produtos e manuais para o nosso Português do Brasil? Até descobrir que travão é freio, cuidado, você já bateu a moto. BMW, Garmin e outros, mais atenção com os consumidores do Brasil. Afinal, o Brasil já é a sétima economia mundial, ou seria a primeira? Não sei, quando vejo os preços do Brasil, acho que deveríamos ser a primeira…

Saindo de Foz com as motos "limpinhas"
Todos os dias teríamos que arrumar as motos de manhã






Por do sol no Rio Paraná, já em Corrientes


Um comentário:

  1. Wlamir, seu blog está muito bacana e as informações que você já publicou me serão muito úteis no futuro. Vou acompanhar sua viagem diariamente pois pretendo fazer esse mesmo roteiro daqui uns anos. abs e boa viagem.

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